Marisa
Fonseca Diniz
A nanotecnologia como escrito em artigos anteriores, nada
mais é do que o estudo da manipulação da matéria em escala atômica e
molecular. Diversos cientistas ao redor
do mundo têm feito importantes descobertas colaborando para que a
sustentabilidade possa ter materiais mais eficientes e que agridem menos o
planeta.
A equipe de
pesquisadores da Pennsylvania State University criou um polímero capaz de
armazenar energia a altas temperaturas sem quebrar, o que é uma inovação em
comparação aos convencionais. Este tipo de polímero pode ser utilizado em
capacitores dielétricos, que são isolantes elétricos que atuam sob um campo
elétrico exterior acima do limite da sua rigidez dielétrica permitindo assim o
fluxo da corrente elétrica.
Na maioria das aplicações os dielétricos são feitos de
polímeros por serem mais leves e de fácil controle quando há defeitos, porém em
áreas onde as temperaturas são extremamente altas este material pode não
funcionar de maneira adequada, principalmente dentro dos motores de automóveis.
O novo polímero tem adição de folhas em escala
nanométrica de nitreto de boro, no qual a equipe de pesquisadores percebeu que
no ensaio houve um aumento da densidade de energia em 400%. Os testes também
mostraram que este novo polímero ficou estável em temperaturas elevadas de 300º
C resistindo à flexão rigorosa. A desvantagem deste novo invento é que a produção
requer custos mais elevados que os polímeros convencionais.
Um estudante de pós-doutorado da EPFL em Xangai
descobriu que é possível extrair energia elétrica de um simples aparelho feito
de materiais utilizados no dia-a-dia, que são o papelão, a fita de teflon e
lápis. Uma equipe da EPFL trabalhando em conjunto com pesquisadores da
Universidade de Tóquio usaram estes três componentes para fazer um dispositivo
de 8 cm2 que gerou mais de 3 volts de energia.
O princípio deste sistema é a eletricidade estática, pois
quando dois isoladores, tais como, papel e teflon entram em contato eles acabam
ganhando e perdendo elétrons. O sistema é composto por duas pequenas placas,
onde um dos lados de cada placa é coberto por lápis, ou seja, o carbono serve
como elétrodo. O teflon é aplicado no lado oposto de uma das placas, que quando
juntos formam um sanduíche, sendo duas camadas de carbono do lado de fora,
depois duas camadas de papel, e uma camada de teflon no meio. As camadas ficam
coladas de maneira que não se possam tocar dando ao sistema uma configuração eletricamente
neutra.
Utilizando o dedo e pressionando o sistema para baixo,
dois isoladores entram em contato criando um diferencial de carga, positivo
para o papel e negativo para o teflon. Para aumentar a produção do dispositivo os
pesquisadores utilizaram uma lixa que quando pressionada contra os cartões
proporciona uma superfície áspera, aumentando
a área de contato a uma taxa de 1,5 vezes por segundo durante um período curto
de tempo, a fim de que o condensador possa liberar a mesma quantidade de tensão
fornecida por duas pilhas AA, eletricidade suficiente para micro ou nano
sensores de potência funcionarem.
Uma equipe de pesquisadores liderada pela Universidade de
Virginia incluindo pesquisadores da Sandia, da Universidade de Illinois, da
Universidade do Colorado, Colorado School of Mines e do Laboratório Nacional de
Energia Renovável, além de parceiros da consultoria empresarial incluindo a
Dominion Resources, General Electric Co., Siemens AG e Vestas Wind Systems tem
como desafio criar uma turbina low-cost offshore de 50 MW com pás de rotor de
mais de 200 metros de comprimento, duas vezes e meia mais do que qualquer pá de
vento existente.
O novo design corresponde a dois campos de futebol o que
poderia produzir mais de 50 megawatts de energia em cada turbina eólica não
apenas nos USA como também no mundo todo. O tamanho pode parecer exagerado, mas estudos mostram que
o alinhamento da carga pode reduzir drasticamente as tensões de pico e fadiga
das pás do rotor, o que reduziria custos.
A maioria das turbinas eólicas atuais utilizadas apenas
produz energia de 1 a 2 MW gama com lâminas de cerca de 50 metros de comprimento,
enquanto que a maior turbina de 8 MW possui lâminas de 80 metros de
comprimento.
As novas lâminas podem ser facilmente fabricadas segmentadas
evitando que o equipamento seja
transportado e montado de maneira individual. Além do que, estas novas turbinas
podem ser situadas a favor do vento e não como as convencionais que são
configuradas com as pás do rotor contra o vento da torre.
As lâminas de turbina segmentadas tem vantagem
significativa principalmente em certas partes do mundo onde há tempestades severas
e furacões, pois as lâminas podem responder as mudanças drásticas de vento de
maneira favorável.
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1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
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O trabalho Novidades da Nanotecnologia, a revolução da ciência de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2016/02/novidades-da-nanotecnologia-revolucao.html.
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