Marisa Fonseca Diniz
Tem acontecido um fato bem interessante no mercado de trabalho
brasileiro, mas que poucas pessoas têm percebido principalmente em cargos que
demandam grande responsabilidade.
Empresas de porte pequeno e médio não sabem muitas vezes o tipo de
profissional mais adequado para assumirem funções estratégicas e de
responsabilidade corporativa.
Este fato tem acontecido com algumas empresas familiares que após
anos tendo direções centralizadoras, percebem a necessidade de terem
profissionais consultivos que os aconselhem em obter ferramentas e pessoas
qualificadas para agregarem valores à empresa, e fazer com que elas cresçam no
mercado interno e externo.
Muitas empresas não têm visão ampla do que necessitam para
melhorar sua estrutura corporativa e acabam, por exemplo, contratando uma
empresa de TI achando que a solução possa vir através da implantação de um
sistema de ERP (Enterprise Resource Planning - Planejamento dos Recursos
Empresariais) e CRM (Customer Relationship Management – Gerenciamento da
Relação com o Cliente). Estes dois softwares integrados de gestão
empresarial auxiliam no planejamento e na organização das empresas, no entanto, os softwares de ERP e CRM tem foco no cliente.
Os softwares em questão não solucionam o problema da empresa
que muitas das vezes precisa de reestruturação e consultoria de processos para
uma melhora no andamento de suas atividades.
Algumas empresas de software não possuem profissionais específicos
na área processual até porque o objetivo principal delas não é implantar
processos, e sim sistemas que se adéquam a realidade processual da empresa.
A empresa tem que ter consciência de que o primeiro passo é
consultar profissionais aptos a diagnosticarem problemas corporativos de
gestão, processos e profissionais antes mesmo de adquirirem um software que
possa auxiliá-los na gestão.
Empresas tem adquirido softwares com a promessa de que seus
problemas de gestão podem acabar definitivamente, o que é uma grande inverdade.
Com o passar do tempo, estas mesmas empresas percebem que não conseguiram
acabar com o problema e que adquiriram outros por não terem uma estrutura que
se adapta aos sistemas implantados.
É importante destacar que, nem sempre uma empresa de sistemas tem
a possibilidade de enxergar situações conflitantes entre os funcionários.
Muitas vezes não é explicado de maneira clara e objetiva o porquê de um sistema
estar sendo implantado na empresa. O problema de cultura resistente a novidades
e tecnologias que auxiliem os profissionais ainda é um fator considerado alto.
Invés de solucionarem o problema, profissionais de sistemas tem
aconselhado erroneamente às empresas substituírem certos profissionais
estratégicos por serem resistentes ou não se adequarem de maneira satisfatória
ao novo sistema implantado. Nem sempre a substituição de um funcionário estratégico pode ser a
melhor solução, principalmente quando a empresa é aconselhada por um
profissional que não tem conhecimento específico de cargos e funções.
Imagina o caos de substituir, por exemplo, um diretor de confiança
por um profissional que não conhece a rotina da empresa, não tem visão
corporativa e só possui conhecimentos técnicos do sistema implantado na
empresa. Deve se tomar muito cuidado com certos aconselhamentos profissionais a
fim de não gerar maiores conflitos corporativos.
Antes de aconselhar as empresas a substituírem qualquer tipo de
profissional, deve-se solicitar um diagnóstico que comprove a ineficiência do
funcionário. É importante que as empresas tenham seus processos descritos, bem
como os cargos e as funções. Evitando dessa maneira os transtornos a
profissionais que procuram uma recolocação no mercado de trabalho, e que perdem
tempo com cargos e funções que não condizem com suas experiências e
especialidades.
Muitas das vagas que se encontram disponíveis no mercado nem
sempre estão de acordo com o cargo ou função a ser desempenhada pelo
profissional contratado. Há casos onde a empresa, procura um gerente, mas na
verdade o profissional adequado para assumir a posição não tem a necessidade de
ter conhecimentos de gerenciamento e sim de um técnico em ERP, por exemplo, mas, devido à falta de orientação processual não consegue discernir um
profissional técnico de um generalista.
Quando uma empresa contrata um profissional que não condiz com as
atividades a serem desempenhadas de maneira correta, acaba gerando uma série de
problemas, além da ineficiência, custos elevados e alta rotatividade de
profissionais. Todos os profissionais têm suas qualidades e especialidades bem
definidas e precisam ser alocados de maneira correta evitando transtornos às
empresas. Cargos e funções bem definidos devem ser respeitados a fim de que, os profissionais possam trabalhar satisfeitos e as empresas serem bem
administradas.
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de 19 de fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
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O trabalho O que fazer quando a empresa não sabe o tipo de profissional que procura? de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/06/o-que-fazer-quando-empresa-nao-sabe-o.html.
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