Marisa Fonseca Diniz
Diariamente muitos brasileiros seguem rumos diferentes em busca de
novas oportunidades de trabalho no exterior, muitas das vezes na esperança de
ter um salário muito mais significativo que no Brasil.
Pessoas não qualificadas profissionalmente ou sem definição de
carreira se aventuram em países desenvolvidos. O destino preferido da maioria
destas pessoas que não possuem o ensino fundamental completo ou um técnico ainda continua sendo os Estados Unidos e o Reino Unido.
A maioria das pessoas saem do país na ilusão de se darem bem
financeiramente no exterior entrando nos países apenas com visto de turista e por
lá ficam se submetendo a qualquer tipo de trabalho.
Muitos destes turistas levam uma imagem negativa do Brasil, e se
submetem a desenvolver trabalhos nos quais os próprios nativos rejeitam. A
imagem do país no exterior vive sempre manchada devido à falta de cultura
da maioria dos brasileiros que por lá ficam, mesmo alguns destes tendo o inglês
fluente.
O Brasil é visto como o país do futebol, do samba e da prostituição, imagem esta que denigre todos os brasileiros que por lá tentam uma
oportunidade de trabalho legal ou negócios. Estas pessoas que
deturpam a imagem do país são em geral pessoas baderneiras, arruaceiras,
beberrões e que não respeitam a cultura e nem as pessoas que vivem nestes
países. Não é a toa que as prisões estão cheias de brasileiros ilegais que não
sabem se comportar como um povo educado.
Segundo depoimentos de alguns brasileiros que saíram com visto de
trabalho ou estudante relatam que a maioria dos brasileiros que vive
ilegalmente nos países do estrangeiro é em geral profissional decadente ou
problemático no Brasil, que não se submetem a trabalhar e ganhar um salário justo na sua categoria. A grande maioria quer a qualquer custo ganhar um salário
acima de sua capacitação profissional, e nesta categoria se enquadram muitos
exs jogadores de futebol fracassados, operários da construção civil e
indústria, babás, faxineiras e outras profissões operacionais.
Apesar das atenções nos últimos tempos voltadas ao Brasil
devido o desenvolvimento econômico, o número de brasileiros que vive no
exterior ainda é alto. Veja os dados:
Do outro lado da moeda há brasileiros que decidiram contribuir
para o desenvolvimento do país que escolheram para viver.
Relato aqui o caso do Sr Roberto Madeira, brasileiro, que foi para
os Estados Unidos na esperança de poder ter uma melhor qualidade de vida e que
depois de anos de luta e trabalho árduo reverteu sua situação abrindo uma
fábrica de tortas de limão, que emprega diversos funcionários e faz sucesso nos
Estados Unidos. Atualmente, o Sr Roberto e sua família possuem o Green Card e se
encontram realizados em colaborarem com o desenvolvimento do país.
Outro brasileiro que vale a pena aqui relatar é o caso do Sr
Edivon Mota, que foi legalmente para o Japão implantar uma escola para
brasileiros, e que apesar da dificuldade da língua e da cultura japonesa, nunca se
sentiu discriminado. Depois, de trabalhar por 3 anos no Japão, retornou ao
Brasil com sua família e decidiram ir para os Estados Unidos tentar dar
uma vida cultural e estudantil melhor aos seus filhos. Edivon e a família foram
com visto de turista, mas chegando por lá conseguiram reverter o visto para estudante.
Apesar deste visto não possibilitar trabalhar, Edivon precisava
manter o custo elevado do aluguel, do carro e as demais despesas. Conseguiu se
empregar na construção civil e aprender novas técnicas na área, que lhe rendeu
o respeito profissional em várias construtoras na região de New Jersey. Em 7
anos de trabalho nos Estados Unidos, Edivon conseguiu educar seus filhos dando
um ensino de melhor qualidade com uma carga de conhecimento tecnológico e
cultural melhor do que o atribuído aqui no Brasil para classes sociais mais
elevadas.
Vale a pena relatar casos de brasileiros que foram transferidos de
suas empresas no Brasil a países Asiáticos, Europeus e para os Estados Unidos e
que não sofreram discriminação cultural ou da língua e que tiveram seus diplomas
reconhecidos, bem como sua alta capacitação para exercerem qualquer tipo de
atividade profissional.
Em momento nenhum estes profissionais transferiram ao exterior
qualquer tipo de imagem negativa do país, apesar de terem que impor que o
Brasil não é o país do carnaval, do futebol e das mulheres fáceis, e que há
muitos profissionais capacitados e cultos que podem fazer a diferença e
contribuir com o desenvolvimento de qualquer país no mundo, inclusive o Brasil.
Agradecimentos aos Depoimentos:
Edivon Manoel Mota – Instalador – Empresa: DMD STAIRS and
RAILS
Roberto Madeira – Proprietário da Empresa Americana Blond Giraffe
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O trabalho Os dois lados da moeda, brasileiros no exterior de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/06/os-dois-lados-da-moeda-brasileiros-no.html.
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