Marisa Fonseca Diniz
As manifestações que vem
acontecendo no Brasil, na Turquia e em alguns países da Europa possuem um fato
em comum com o mercado de trabalho atual. A geração “Y”, jovens na faixa dos 18
aos 29 anos, que manifestam suas insatisfações pelas ruas do Brasil são os
mesmos que demonstram a falta de “foco” nas empresas.
Inicialmente, a convocação dos
jovens brasileiros pelas redes sociais tinha como objetivo principal manifestar
contra o aumento das passagens de ônibus, porém depois de atingida a meta o
grupo que comandava retirou-se das manifestações. Percebeu-se claramente que os
jovens ficaram sem rumo, e criaram manifestações paralelas de insatisfações
individuais. Algumas das reivindicações nem era pela falta de emprego, saúde,
educação, segurança, corrupção ou por PECs, e sim pelo modismo de estarem nas
ruas “manifestando” por qualquer coisa.
Assim é o que vem acontecendo no
mercado de trabalho com esta geração. Endeusar uma determinada geração não é a
solução para problemas de falta de objetivos e crescimento das empresas. A
geração “Y” é uma geração de profissionais acostumados a conseguirem tudo que
desejam não se sujeitando a tarefa de menor importância, almejam começar em
cargos elevados no início da carreira, querem sempre estar no centro das
atenções e lutam por salários ambiciosos.
Trocam de emprego com frequência
em busca de desafios, muitas vezes nem sabem o que procuram, pois foram
criados em uma época em que tudo muda muito rápido, a era tecnológica, assim é
a vida deles. Não foram criados para pensar, planejarem ou terem metas certeiras.
São mimados e não possuem “foco”
em suas reivindicações. É a geração que protesta, mas sem ter uma idéia firme
sobre a melhor solução para resolver suas crises existenciais.
A maior falha do mercado de
trabalho e da sociedade em estimular a geração”Y” é formar pessoas sem
objetivos. Qualquer fato que vá contra os anseios momentâneos desta geração
pode gerar frustrações, assim como vemos nas manifestações.
A mistura de gerações é
importante em todos os sentidos dentro de uma empresa, favorecendo o
crescimento da mesma em todos os aspectos. Profissionais da geração “baby
boomer” são ótimos para analisar e implantar processos consolidados nas
empresas. Os profissionais da geração “X”, por exemplo, deveriam ser os mais
requisitados pelo mercado de trabalho, pois são excelentes para supervisão,
implantação de projetos, treinamentos garantindo estabilidade nas empresas
durante e após crises econômicas.
Juntando as gerações, todos os
profissionais envolvidos seriam beneficiados, inclusive a estabilidade dos
profissionais da geração”Y”. Porém, o preconceito impede que as empresas
enxerguem os benefícios que podem proporcionar no desenvolvimento e crescimento
de suas corporações.
Hoje, o grande erro nas empresas
é excluir as demais gerações dos postos de trabalho e taxar todos como
resistentes e avessos a mudanças. Um profissional da geração “X”, por exemplo,
está muito longe da aposentadoria, e não há como ser resistente a mudanças.
Profissionais resistentes ou avessos a mudanças, independente da idade, em
geral preferem ter seu próprio negócio, terem sua independência profissional e
não estão em busca de uma recolocação no mercado de trabalho.
Os postos de trabalho abertos
hoje, excluem por completo as gerações “baby boomer” e “X”. O preconceito de
idade na recolocação de um profissional no mercado de trabalho, além de ser uma
atitude débil demonstra que a empresa não tem credibilidade no mercado.
Não é a idade que faz o
profissional e sim seus conhecimentos, experiências e atitudes. O
preconceito é uma prova de inferioridade e insegurança de quem não tem
capacidade de estar no cargo que ocupa. Estereótipos não fazem uma empresa, um
profissional ou um país crescer. Os profissionais não podem ser classificados
como produtos chamados “gerações”.
Por favor, menos preconceito e
mais oportunidades àqueles que estão aptos ao trabalho independente da
idade, inclusive eu, valorizar o profissional demonstra maturidade profissional
e pessoal.
Reflexão:
“A quantidade de preconceito que
cada um de nós tem é inversamente proporcional a de inteligência” - Jefferson
Luiz Maleski
#preconceito #geracoes #prejudice #generations
#generaciones #prejuicios
#mdnetworking
#mdnetworkingpublications
Os
artigos aqui publicados e este blog estão protegidos pela Lei 9.610 de 19 de
fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou armazenar de
qualquer modo os artigos aqui expostos, pois estão todos registrados.
O trabalho # Preconceito de gerações de Marisa Fonseca Dinizfoi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/06/preconceito-de-geracoes.html.
Comentários
Postar um comentário