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Transformando o nordeste brasileiro em Saara

Marisa Fonseca Diniz A Tragédia dos Comuns é uma armadilha social e econômica que envolve conflito de interesses individuais e o bem comum no uso dos recursos finitos. O livre acesso e a demanda irrestrita de um recurso finito acabam condenando estruturalmente o recurso por conta da superexploração. Um exemplo típico da Tragédia dos Comuns no Brasil é a exploração das florestas tropicais na região do nordeste do país. A exploração se iniciou no tempo da colonização portuguesa que desmatou o litoral brasileiro, retirando a vegetação e explorando o pau-brasil durante 370 anos para exportação da madeira. Tempos mais tarde as terras desmatadas foram sendo aproveitadas para o plantio da cana-de-açúcar. Depois, iniciou-se a exploração dos minérios (ouro e prata) e pedras preciosas (esmeralda e diamante) permitindo dessa maneira o avanço da colonização do território brasileiro, e conseqüentemente novas retiradas de vegetação foram feitas permitindo o empobrecimento do solo. A e

Fome, um mau que deve ser combatido

Marisa Fonseca Diniz Há  200 anos atrás a Teoria de Malthus já previa que chegaríamos a um nível insustentável onde a miséria seria o fator determinante do colapso mundial, sendo que hoje há mais de 7 bilhões de habitantes no mundo. Pesquisa realizada pelo World Resources Institute (WRI)  em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma), indica que mais de um terço de toda a comida produzida pelo sistema agrícola global é jogada no lixo. Comida esta que poderia ser aproveitada para alimentar os quase 1 bilhão de famintos no mundo, sendo que a cada 3 segundos uma pessoa morre de fome. Analisando bem o contexto, o desperdício não é apenas da comida, como também dos recursos naturais utilizados para produzi-los. Só a agricultura consome mais de 70% de toda a água potável do mundo a cada ano, além de ocupar 25% de toda terra habitável para a produção global de alimentos. Os processos rudimentares que são utilizados na produção de alimentos em países subdes

Casas Flutuantes

  Marisa Fonseca Diniz Nas últimas décadas tem se verificado um aumento na temperatura em todo mundo, sendo este fenômeno conhecido como aquecimento global. O aquecimento global gera o aumento da poluição do ar e provoca o derretimento do gelo das calotas polares fazendo com que o nível da água dos oceanos aumente. A preocupação por parte de algumas pessoas com as mudanças climáticas tem feito com que surjam projetos sustentáveis na construção com baixo custo financeiro, além de conservar o meio ambiente. Diversos projetos sustentáveis de casas flutuantes e anfíbias têm surgido ao redor do mundo como é o exemplo das casas flutuantes dos canais da Holanda conhecidas desde  1970. A  casa flutuante tem tudo que uma casa normal possui como sala, cozinha, banheiro, quarto e terraço, no entanto, a única diferença é a fundação, que no caso das moradias anfíbias são sustentadas por boias, a fim de as manterem seguras sobre a água. As fundações das casas anfíbias são feitas com m

As mulheres merecem respeito

  Marisa Fonseca Diniz Em 1792 na Inglaterra, Mary Wollstonecraft escreveu um dos grandes clássicos da literatura feminista – A Reivindicação dos Direitos Humanos que defendia o direito à educação das meninas afim de que pudessem aproveitar seu potencial humano. No Brasil em 1827 surgiu a primeira lei que permitia que as mulheres frequentassem as escolas elementares garantindo à elas o direito a educação, mas ainda eram proibidas de terem acesso ao ensino superior, apenas em 1879 as mulheres tiveram autorização do governo para estudarem em instituições de ensino superior.  As mulheres que seguiram este caminho foram duramente criticadas pela sociedade. No dia 08 de março de 1857, cento e vinte nove operárias morreram queimadas numa ação policial em Nova Iorque, simplesmente porque elas reivindicavam redução na jornada  de trabalho de catorze horas para dez horas diárias e o direito a licença maternidade. As mulheres que tiverem pela primeira vez direito ao voto for

Fibras Vegetais na Construção

Marisa Fonseca Diniz O processo de fabricação de materiais industrializados utilizados na construção civil consome oxigênio e libera gás carbônico, além de diversos outros  gases poluentes que são liberados na atmosfera responsáveis pela degradação do meio ambiente. O aumento da concentração de CO2 na atmosfera poderá atingir até o final do século altos níveis de concentração, mesmo se as emissões antrópicas deste gás forem estabilizadas aos níveis atuais. Os resíduos sólidos resultantes de materiais convencionais utilizados na construção civil são de difícil reciclagem, e quando são absorvidos pela natureza causam diversos problemas no solo e nos lençóis freáticos. Novas técnicas e pesquisas têm resgatado materiais naturais, não-convencionais para serem utilizados na construção civil. Os materiais não convencionais são considerados ecologicamente corretos, renováveis e não poluentes. A grande vantagem é que estão disponíveis no meio ambiente, e gastam menos energia que o

Puxadinho sustentável

Marisa Fonseca Diniz Para quem não sabe puxadinho é uma construção que não possui aprovação legal dos órgãos públicos competentes, sendo mais conhecido como um anexo em casas populares de baixa renda resolvendo o problema de espaço sem precisar investir em reforma mais complexa. Engana-se quem acha que puxadinho é uma construção exclusiva do Brasil, muito  utilizado em diversos países do mundo, inclusive em países desenvolvidos que os utiliza em construções nada populares. O puxadinho tem um função diferente da edícula, uma vez que não possui uma saída independente da unidade habitacional principal. Há vários tipos de puxadinhos pelo país a fora, uns mais criativos que outros. O grande problema destas construções ilegais é que são construídas de qualquer jeito e não oferecem segurança alguma aos moradores, uma vez que muitos deles estão próximos de redes elétricas, morros e vias. A opção de se construir um puxadinho mais barato que o habitual é a utilização de materiais sustentáv