Marisa Fonseca Diniz
Nas últimas décadas tem se
verificado um aumento na temperatura em todo mundo, sendo este fenômeno conhecido como
aquecimento global. O aquecimento global gera o aumento da poluição do ar e provoca o derretimento do gelo das calotas polares fazendo com que o nível
da água dos oceanos aumente. A preocupação por parte de algumas pessoas com as
mudanças climáticas tem feito com que surjam projetos sustentáveis na
construção com baixo custo financeiro, além de conservar o meio ambiente.
Diversos projetos sustentáveis de
casas flutuantes e anfíbias têm surgido ao redor do mundo como é o exemplo das
casas flutuantes dos canais da Holanda conhecidas desde 1970.
A casa flutuante tem
tudo que uma casa normal possui como sala, cozinha, banheiro, quarto e terraço, no entanto, a única
diferença é a fundação, que no caso das moradias anfíbias são sustentadas por boias, a fim de as manterem seguras sobre a água.
As fundações das casas anfíbias
são feitas com múltiplas camadas de espuma plástica muito leve, onde por cima é
aplicado o concreto tradicional. Quando há enchente, a camada de plástico faz a
casa flutuar, como se fosse um barco evitando que a água penetre dentro da
casa. Projetos de casas anfíbias já vêm sendo produzidas no Reino Unido e na
Holanda com baixo custo e segurança.
A Uboat é uma casa flutuante
criada pelo Arquiteto americano Wyatt John Little, que tem a capacidade de
gerar sua própria energia e produzir água potável. O saneamento da
casa é feita através da queima de resíduos, sem a necessidade de enviá ao
esgoto.
Na Suécia uma família criou uma
casa em uma plataforma flutuante, onde há um sistema de energia fotovoltaica
instalado no telhado. A energia gerada alimenta a iluminação de LED da casa e
as janelas de energia ajudam a minimizar a perda de calor, além de
fornecer durante uma parte do dia, luz natural.
O Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá (IDSM) na Amazônia no ano de 2009 criou uma casa de
madeira ecológica flutuante com capacidade para abrigar 20 pessoas com base de 12
metros de altura e 18
metros de comprimento. A
eletricidade é gerada a partir de placas solares com carga de energia
suficiente para iluminar as instalações, manter o rádio de comunicação, o
funcionamento dos computadores e o refrigerador para a conservação dos alimentos.
A água das torneiras e chuveiros
é captada da chuva e do próprio rio onde está instalada a casa. Filtros
garantem a qualidade purificada da água e o esgoto é tratado antes de ser
despejado na natureza. A cobertura da casa laboratório é de telhas de garrafas
PET recicladas, que apresentam maior resistência e vida útil se comparada com
as telhas convencionais. As casas laboratórios ficam estabelecidas em
plataformas formadas por uma madeira flutuante chamada assacu.
Arquitetos vietnamitas criaram uma casa flutuante sustentável com capacidade de abrigarem até 8 pessoas. As casas são de bambu, um material resistente e de baixo custo. Uma estrutura de aço oferece firmeza na construção e os telhados são feitos de palha. A base das casas é sustentada por galões de óleo reciclados que ficam fixos, e na época das enchentes faz com que a casa flutue.
As janelas são triangulares e
facilitam a ventilação, iluminação e o sombreamento natural das casas. Outras
vantagens deste projeto sustentável é a captação da água das chuvas, além do
aproveitamento das paredes externas da casa que são cobertas de vasos utilizados na produção de alimentos naturais.
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de 19 de fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
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O trabalho Sustentabilidade: “Casas Flutuantes” de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/09/sustentabilidade-casas-flutuantes.html.
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