Marisa Fonseca Diniz
Segundo estudo feito pela International Solid Waste Association, ISWA, a geração de lixo no mundo pode chegar a 3,4 bilhões de toneladas até 2050. Países com renda
econômica baixa tornam o problema do lixo mais grave, pois a coleta de lixo é
mais precária e não há programas de reciclagem ou aproveitamento do lixo gerado.
O processo de reciclagem do lixo sólido, além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, contribuindo significativamente com a preservação dos solos, água e ar. Indústrias especificas de reciclagem de lixo sólido (vidro, alumínio, papel e plástico) tem contribuído com a redução dos custos de produção, transformando o que seria apenas lixo em novos produtos.
A geração de energia elétrica
através do lixo pode ser obtida através dos seguintes processos: incineração,
compostagem seca anaeróbica (Dranco – Dry Anaerobic Composting) e a tecnologia
de aproveitamento do gás de lixo.
A queima de produtos secos como
madeira, papel, pneu, vidro, trapo, couro, entre outros são processados através
da incineração produzindo o monóxido de carbono (CO), responsável pela geração
de energia.
No processo Dranco (compostagem),
o lixo orgânico é fermentado anaerobicamente através de microorganismos
responsáveis por gerar o gás do lixo. O gás do lixo contém aproximadamente 50%
de metano, 45% de dióxido de carbono, 3% de nitrogênio, 1% de oxigênio e 1% de
outros gases, o conjunto destes gases é conhecido como biogás.
A fermentação em geral é feita nos aterros sanitários ou através de biogestores
munidos de dutos para a coleta do biogás. O biogás tem uma grande concentração
de metano, e é um excelente gerador de energia devido seu poder calorífico.
A geração de energia através do
lixo proporciona não só a conservação do meio ambiente como também o
crescimento econômico e social das cidades. A energia gerada é mais barata e
proporciona a criação de empregos nos postos de coleta, reciclagem e nas usinas
de compostagem favorecendo a população de maneira geral.
A transformação do lixo em
energia já é uma realidade em muitos países desde a década de 80.
A União Européia extrai mais de
10 mil MW de cerca de 60 milhões de toneladas de lixo por ano, energia
processada em mais de 400 usinas espalhadas pelo continente. Estas usinas são
capazes de fornecer eletricidade há mais de 27 milhões de pessoas, o
equivalente a soma da população da Dinamarca, Finlândia e Holanda. Os Estados
Unidos e o Japão também utilizam o lixo como forma de gerar eletricidade.
O Brasil ainda caminha a passos
lentos, na questão de gerar eletricidade através do aproveitamento do lixo em
comparação aos países da América do Norte, União Européia e Japão. Poucas são
as cidades que processam o lixo gerando esta fonte de energia.
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O trabalho Sustentabilidade: “Energia através do lixo” de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/06/sustentabilidade-energia-atraves-do-lixo.html.
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