Marisa Fonseca Diniz
O processo de fabricação de
materiais industrializados utilizados na construção civil consome oxigênio e
libera gás carbônico, além de diversos outros gases poluentes que são liberados
na atmosfera responsáveis pela degradação do meio ambiente. O aumento da
concentração de CO2 na atmosfera poderá atingir até o final do século altos
níveis de concentração, mesmo se as emissões antrópicas deste gás forem
estabilizadas aos níveis atuais.
Os resíduos sólidos resultantes
de materiais convencionais utilizados na construção civil são de difícil
reciclagem, e quando são absorvidos pela natureza causam diversos problemas no
solo e nos lençóis freáticos. Novas técnicas e pesquisas têm resgatado
materiais naturais, não-convencionais para serem utilizados na construção civil.
Os materiais não convencionais
são considerados ecologicamente corretos, renováveis e não poluentes. A grande
vantagem é que estão disponíveis no meio ambiente, e gastam menos energia que
os produtos industrializados. A utilização dos materiais não convencionais
associados às tecnologias apropriadas diminuem o custo total da obra trazendo
benefícios à natureza e ao ser humano.
O Brasil é um dos países que
possuem a maior biomassa do mundo, além de uma das maiores extensões de terra
cultiváveis. As fibras vegetais são uma alternativa barata que pode ser
agregada à composição de diversos produtos da construção civil. As fibras
vegetais são células alongadas, enfileiradas com paredes reforçadas por uma
substância chamada lignina que serve para a sustentação da planta.
Algumas fibras se formam nos
vasos condutores e são comercialmente utilizadas, tais como: cânhamo,
cordoalha, juta, aniagem, linho e rami. As fibras obtidas de folhas como o
sisal, por exemplo, são mais duras por terem uma quantidade muito maior de
lignina. Outras fibras vegetais muito utilizadas na construção civil são:
malva, curuauá, fibra de coco, folha de bananeira e bambu.
Fibras vegetais de madeira como
pinho, eucalipto, bananeira e coco também podem
ser utilizadas na fabricação de telhas ecológicas. As telhas ecológicas possuem
uma monocamada de fibras vegetais que são impregnadas de betume, pigmentadas e
protegidas por uma resina especial que oferece proteção contra os raios UV e
suportam melhor as chuvas de granizo.
A consciência ecológica de alguns
profissionais da engenharia e arquitetura tem possibilitado o desenvolvimento de novos
produtos sustentáveis que não corroem a natureza, no entanto, ainda falta derrubar a
resistência da maioria dos empresários do setor.
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O trabalho Sustentabilidade: Fibras Vegetais de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/09/sustentabilidade-fibras-vegetais.html.
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