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Fome, um mau que deve ser combatido


Marisa Fonseca Diniz


Há  200 anos atrás a Teoria de Malthus já previa que chegaríamos a um nível insustentável onde a miséria seria o fator determinante do colapso mundial, sendo que hoje há mais de 7 bilhões de habitantes no mundo.

Pesquisa realizada pelo World Resources Institute (WRI)  em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma), indica que mais de um terço de toda a comida produzida pelo sistema agrícola global é jogada no lixo. Comida esta que poderia ser aproveitada para alimentar os quase 1 bilhão de famintos no mundo, sendo que a cada 3 segundos uma pessoa morre de fome.

Analisando bem o contexto, o desperdício não é apenas da comida, como também dos recursos naturais utilizados para produzi-los. Só a agricultura consome mais de 70% de toda a água potável do mundo a cada ano, além de ocupar 25% de toda terra habitável para a produção global de alimentos.

Os processos rudimentares que são utilizados na produção de alimentos em países subdesenvolvidos é outro agravante, uma vez que as queimadas e a falta de controle das derrubadas ilegais de vegetação nativa das florestas acarretam o empobrecimento dos solos destruindo os nutrientes.


Os países desenvolvidos também têm sua parcela de culpa no desperdício dos alimentos, dois terços de toda comida que é produzida é perdida após a colheita e o armazenamento, enquanto que 56% do total de comida pronta produzida nestes paises é jogada no lixo. Nos Estados Unidos, por exemplo,  30% de toda comida produzida é desperdiçada gerando uma perda equivalente a 48,3 bilhões de dólares ao ano, valor este que poderia ser aproveitado para alimentar diversas pessoas ao redor do mundo.

No Brasil, o desperdício de alimento gira em torno de 26,3 milhões de toneladas ao ano, sendo que 10% deste total é perdido no campo, 50% no transporte e manuseio dos alimentos, e o restante na fase do consumo.


Os paises deveriam criar políticas de desenvolvimento sustentável, a fim de que houvesse um aproveitamento melhor de todo o lixo que é desperdiçado, sendo mais de 1,3 bilhões de resíduos sólidos anualmente no mundo.  Além de criar mecanismos de controle populacional, formular medidas mais concretas para a distribuição de renda, criar recursos de conscientização da população mundial para conter o desperdício, e criar programas de aproveitamento do lixo sólido, tais como: geração de energia, dessalinização da água do mar, reciclagem de produtos, adubo, entre outros. Evitando dessa maneira a utilização de recursos não renováveis, como a utilização de combustíveis fósseis que colaboram para destruir mais rapidamente o meio ambiente e a camada de ozônio.

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