Marisa Fonseca Diniz
A geoengenharia é a ciência que
estuda, em larga escala, os meios para manipular o clima e o ambiente do
planeta Terra através de tecnologias que modificam os oceanos, a atmosfera e os
solos. Várias ações têm sido propostas pela geoengenharia a fim de impelir os
novos mercados de carbono e o aquecimento global, tais como:
A ilusão de que a geoengenharia
possa resolver todos os problemas e esteja ao alcance de todos é apenas uma
desculpa conveniente que os paises industrializados arrumaram para continuar
adiando as soluções reais, e evitar dessa maneira as mudanças urgentes necessárias
para reverter a situação atual.
O cientista ambientalista David
Keith afirma que o problema do aquecimento global é totalmente solúvel e
barato, sendo o uso da geoengenharia a melhor solução. Vale a pena lembrar que é
uma opção equivocada, pois as tecnologias envolvidas conduzem a resultados
injustos, visto que são altamente centralizadas em aplicações comerciais e
usos militares latentes em larga escala.
As consequências da crise
climática global são cada vez mais visíveis e tem atingido com maior força as
populações menos favorecidas. O aumento desenfreado da concentração de dióxido
de carbono na atmosfera tem causado um desconforto geral na população global.
As negociações internacionais a respeito do clima andam a passos de tartaruga.
O grupo de países mais ricos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) são os maiores responsáveis pela emissão de gases do efeito
estufa, além de serem socialmente responsáveis em querer alternativas
tecnológicas que permitam manter o estilo de vida se esquivando assim das
consequências.
Podemos dizer que as causas da
crise climática são políticas e econômicas, a atividade industrial do século 20
desenvolveu-se a partir do consumo de combustíveis derivados de petróleo na
indústria automobilística. O aumento dos interesses econômicos e políticos das
indústrias automobilísticas e petrolíferas pressionaram e influenciaram as
decisões políticas dos países e dos órgãos internacionais.
A partir de 1980 com a
globalização ocorreu o processo de acúmulo de capital e poder de algumas
empresas, que estabeleceram regras políticas e econômicas para o mundo todo
através de tratados e acordos. Com o passar do tempo, o jogo de interesses
destas corporações propiciou uma série de problemas ao clima do planeta.
O estilo de vida e o modelo de
produção industrial produzem um desequilíbrio de gases, onde a produção
demasiada de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e clorofluorcarbonados
conhecidos como gases de efeito estufa, vem se concentrado na atmosfera. Esses
gases atuam como um vidro cada vez mais grosso resultando o aumento da
temperatura e as desordens climáticas.
A maior parte das emissões de
gases do efeito estufa se dá pela combustão do petróleo ou combustíveis fósseis
compostos basicamente de carbono, e quando utilizados na geração de energia
reagem com o oxigênio formando o dióxido de carbono. Os principais fatores que
aumentam a produção de gases do efeito estufa são:
No relatório das Nações Unidas
divulgado em abril de 2022, os Estados Unidos e a China são responsáveis por 40%
das emissões de gases de efeito estufa produzidos por ação humana. Os
principais causadores da mudança climática, empresas e governos, ao invés de
buscarem erradicar as causas, o que afetaria seus lucros e votos, propõem
soluções tecnológicas e comércio do carbono.
A geoengenharia pode ter impactos
ambientais, econômicos e sociais devastadores, sobretudo no Hemisfério Sul onde
há uma rápida degradação ambiental. Segundo a Royal Society, as corporações e
governos não avaliam cuidadosamente as novas tecnologias antes de
comercializá-las e utilizá-las causando grandes impactos anos depois de
implantadas.
A geoengenharia apresenta uma
série de problemas, tais como:
Atualmente outras ações da
geoengenharia incluem vastas monoculturas de árvores para biochar,
biocombustíveis, seqüestro de carbono, contaminação de Centros de Diversidade
Genética com cultivos geneticamente modificados, fertilização de oceanos com
nanoparticulas de ferro, aumento do número de usinas nucleares, artefatos
espaciais que desviam a luz solar; o uso de navios que borrifam água do mar
para branquear nuvens, o uso de cal na água do oceano para aumentar a
alcalinidade, estoque de CO2 comprimido em minas abandonadas, espalhar
aerossóis de enxofre na estratosfera e cobrir desertos com painéis plásticos
brancos.
A quem
interessa de fato a geoengenharia, se as técnicas utilizadas desta ciência tem
agredido o meio ambiente e a população de um modo mais político e econômico?
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O trabalho Geoengenharia: a quem de fato interessa? de Marisa Fonseca Diniz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2013/10/geoengenharia-quem-de-fato-interessa.html.
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