Marisa
Fonseca Diniz
Todas
estas situações parecem bem estranhas, mas são típicas de pessoas paranoicas. A
paranoia é um transtorno de personalidade caracterizada pela hipersensibilidade
nas relações pessoais, ou seja, a pessoa possui um sentimento de desconfiança
persistente, permanente, excessivo e mal fundamentado em relação a todos que o
rodeiam.
A
personalidade paranoica é um conjunto de atitudes psicossociais e de
comportamentos que expressam as características de um indivíduo. Na maioria dos
casos há uma predisposição para uma doença psicológica ou mental, no caso da
personalidade paranoica, os traços que a caracterizam são muito intensos
podendo transformar-se em um problema psicológico grave. O aparente excesso de
autoestima, onde o indivíduo tem a tendência a exagerar sobre sua situação
profissional ou pessoal, por exemplo, quando é bem sucedido ou mente
exageradamente a fim de manter sua imagem de grandeza.
As
pessoas portadoras deste transtorno são extremamente desconfiadas, defensivas
com personalidade rígida. Possuem boa capacidade intelectual e memória, mas
interpretam negativamente o mundo que os cerca. Outra característica da personalidade
paranoica é a tendência de culpar os outros, sendo competitivos, não aceitando
críticas, inflexíveis defendem suas convicções e ideais pré-concebidas de forma
veemente, apesar de conseguirem ocultar a sua agressividade quando querem,
agindo com cortesia.
Os
paranoicos acreditam que estímulos externos, tais como, conversas,
apontamentos, gestos e sinais são direcionados contra a sua pessoa distorcendo
a realidade com suas interpretações. O egocentrismo, a desconfiança
e a rigidez fazem com que tenham tendência para interpretar erroneamente os fatos,
provocando conflitos afetivos, sociais e profissionais.
Têm
tendência a comportamentos de fanatismo religioso ou profissional, e quando
confrontados passam a ter um processo progressivo de isolamento das demais
pessoas acentuando os traços doentios da personalidade. Em geral, são pessoas
muito ciumentas com pouco senso de humor, superficiais em seus relacionamentos
afetivos, porém muito dedicados em suas atividades profissionais.
Fantasiam
que são constantemente perseguidos no ambiente de trabalho, acreditando que
colegas e chefes conspiram contra eles, principalmente quando destacados para
trabalhar em departamentos ou horários não convencionais. Os paranoicos se
consideram incompreendidos pelos outros e para eles as pessoas não lhes dedicam
a melhor atenção reforçando assim sentimentos de negatividade e de
inferioridade.
Assim
como nas situações relacionadas no início deste artigo, as pessoas acometidas pelas
perturbações paranoicas são caracterizadas pelo desenvolvimento de equívocos ou
de delírios evidentes perante fatos determinantes e circunstâncias nos quais,
dão excessiva importância.
O
protagonista destes erros de interpretação ou delírios se sente totalmente
convencido de que as circunstâncias e as outras pessoas estão contra ele. Possuem
a sensação de estar sendo ameaçados ou perseguidos por pessoas que desejam
prejudicá-los, seja no ambiente de trabalho, na família, na igreja ou até mesmo
na comunidade em que vivem. Muitas pessoas que sofrem de paranoia acreditam que
sofrem de alguma doença grave, e que por isso, as outras pessoas as desprezam.
Estas
paranoias muitas vezes são desencadeadas por situações críticas, tais como a morte
de um ente querido, o rompimento traumático de algum relacionamento, isolamento
provocado por doenças ou até mesmo a migração para uma sociedade culturalmente
diferente.
Ernst
Kretschmer, psiquiatra alemão correlacionava a paranoia e a personalidade
afirmando em sua teoria sobre o assunto que, algumas personalidades mais
sensíveis depressivas, pessimistas e narcisistas desenvolviam sintomas
paranóides em momentos críticos da vida, mas que o prognóstico favorável a elas
é que, não desenvolviam a esquizofrenia.
É
para pensar muito bem sobre esta teoria, não esquecendo que pessoas mentalmente
perturbadas sempre atraem de alguma maneira outras semelhantes a elas. Portanto,
se em algum momento da vida se deparou com alguém com estas características
relatadas, o melhor a fazer é aconselhá-las a procurar tratamento psicológico. Caso
o conselho não seja aceito, aconselho correrem da presença destas pessoas, pois
de nada adiantará tentar convencê-las, já que acharão que isso é pura perseguição!
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O trabalho Qual seu nível de paranoia? de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2014/11/qual-seu-nivel-de-paranoia.html.
Boa noite Marisa.
ResponderExcluirOlá amiga..
Eu não tenho paranoia com nada, imagina se eu vou ficar com mania de perseguição ai eu ia enlouquecer.
Sou uma pessoa bem resolvida e não tenho problema com o que pensam ou falam de mim, por que se falam pelas costas é por que mi respeitam e não quer que eu saiba e se falar na minha presença talvez para testar o meu nível de tolerância.
Mas têm pessoas quais são tão paranoicas que deixam de viver a vida dela para viver a do outro. Enfim uma ótima matéria.
Agradeço por compartilhar.
Deixando meu abraço.
ClaraSol
Bom dia, Marisa!
ResponderExcluirÓtimo artigo!
Trabalhei e uma empresa onde o proprietário tinha uma paranoia bem próxima da pessoa "A".
O número da casa dele era 13, a empresa era composta de 13 pessoas, o número da empresa era 67, que seriam 6+7=13, placas dos carros eram 0013 e os saldos bancários sempre tinha que fechar em 0,13, 13,00, 130,00...
abraço,
Ambaldo(Macedo)