Marisa
Fonseca Diniz
Imagine
viajar em um veículo que levita? Parece estranho, mas este tipo de veículo já
existe. Maglev, Magnetic Levitation Transport é um veículo que transita em
uma linha elevada sobre o chão, onde é utilizado o processo de levitação
magnética através do uso de supercondutores. Os trens maglev se movimentam
de maneira mais suave do que os demais
sistemas utilizados no comboios de massa.
A
única fricção que existe neste processo é entre o veículo e o ar, o que
proporciona aos veículos atingirem altas velocidades com baixo consumo de
energia e ruído. A não dependência da tração e do atrito é que proporciona a aceleração e
desaceleração do veículo ultrapassando a velocidade dos transportes de rodas.
Os trens convencionais podem atingir uma velocidade alta rapidamente, mas o
sistema utilizado pelo maglev permite velocidades muito superiores chegando a marca
de 501 km/h, o que reduz bastante o tempo de viagem em um trem convencional.
O
desgaste por atrito do martelo das rodas dos trens convencionais sobre os
trilhos acelera a deterioração dos equipamentos evitando dessa maneira que a
base mecânica consiga atingir velocidades mais altas, diferentemente do maglev.
Atualmente, o maior problema para a produção de veículos com levitação
magnética é o alto custo, o que é compensada pelo baixo custo de manutenção.
Shangai utiliza trens com o sistema maglev, sendo o campo eletromagnético
controlável e gerado através da levitação dos imãs ao longo da guia atraindo-se
mutuamente que puxam o trem para cima em uma lacuna de levitação estável, o que
garante o controle da levitação corrente. A levitação entre os imãs e os trilhos
é normalmente controlada num intervalo
de 8 a 12 milímetros. O sistema maglev de
alta velocidade possui quatro componentes principais: trilho, veículo, operação
e a alimentação de energia.
O
trilho tem uma superestrutura formada de aço soldado, com concreto armado por
vigas que conectam os estatores longos, a subestrutura é constituída pelos
piers e as fundações são de concreto armado. Esta estrutura é necessária para suportar
o peso do trem e orientar a direção do movimento do veículo.
O veículo é a parte mais importante do sistema
maglev de alta velocidade, a levitação e os imãs são montados nos chassis. Os
aparelhos elétricos, as baterias, as travas de emergência e o sistema de
controle de levitação compõem os besids.
O sistema de alimentação dos trens inclui
subestações, cabos de alimentação na via, entre outros sistemas de fornecimento
de energia. A potência necessária para a operação do trem é de corrente de alta
tensão que corre pelo enrolamentos do estator ao longo do trilho. A corrente
alternada de alta tensão é retirada da grade de 110 KV via transformador,
depois é convertida em corrente contínua através de um retificador, que
converte novamente em corrente alternada de frequência variável entre 0 e 300Hz.
Os equipamentos de retificação, conversão, os motores estatores e os demais
equipamentos necessários ao sistema maglev são instalados no chão.
O
controle de operação é a garantia do funcionamento e de todo o sistema maglev,
que inclui a segurança não apenas dos equipamentos como da comunicação.
No Brasil, o maglev já está em fase de testes e é desenvolvido com tecnologia nacional. O
maglev – Cobra é um projeto desenvolvido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia – COPPE, da Universidade Federal do Rio
de Janeiro – UFRJ. De acordo com os testes, no ano de 2018, uma linha de testes gfoi contruída para operar um trecho de 200 metros, nas dependências da Cidade Universitária da UFRJ na Ilha do Fundão.
O
Brasil agora detêm a tecnologia da levitação magnética de veículos juntamente
com a Alemanha, Estados Unidos, Japão e China. Segundo pesquisadores da UFRJ, a
implantação da tecnologia maglev chega a um terço dos custos utilizados no
metrô.
Uma
ótima alternativa para o transporte público brasileiro, basta boa vontade dos
governantes para investir nesta tecnologia e na estrutura necessária para o
trafego dos trens.
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O trabalho Maglev, tecnologia em transportes sustentáveisde Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma LicençaCreative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2014/12/maglev-tecnologia-em-transportes.html.
excelente artigo. Que possamos em breve ter os MagLevs levitando pelas cidades brasileiras. Esse é uma assunto muito interessante que estudei faz um tempo.
ResponderExcluirSolução para algumas cidades brasileiras e ainda com economia de 2/3 em relação ao metrô.
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