Marisa
Fonseca Diniz
Bom senso definitivamente está em falta no mundo, a
cada dia que passa as pessoas perdem completamente a noção da seriedade seja na
vida profissional ou pessoal, e pouco se importam com suas atitudes ou consequências que possam trazer para quem quer que seja.
A globalização que por um lado veio para ampliar as
relações, por outro tem criado uma legião de pessoas aleatórias a ética
corporativa. O agravamento e o
empobrecimento da economia mundial tem feito com que o pior do mercado
profissional aflore instintivamente. O
que comprova que quanto maior o desespero das pessoas, maior será a maneira
como elas irão tentar ganhar dinheiro a qualquer custo, nem que para isso
tenham que agir de má fé ou manipular a opinião alheia.
Em todas as crises mundiais sempre se ouviu falar dos
aproveitadores, ou seja, aqueles indivíduos que adoram explorar os outros, não
importando em que ambiente se encontram. As desculpas para esta prática
exploratória são as piores possíveis, que vão desde a falta de posicionamento
de parcerias fadadas a um só dos lados ganhar dinheiro até a promessa do
dinheiro fácil ou do emprego milagroso. O que comprova o quanto as pessoas são
mal intencionadas quando o assunto se resume a dinheiro.
O bom senso realmente nunca é usado como argumentação de
razoabilidade, muito pelo contrário, é ignorado pelas pessoas por falta de
sabedoria de usá-lo de maneira correta.
Nas questões corporativas, o bom senso é fundamental nas tomadas de
decisão, pois os gestores capacitados tendem a analisar todas as variáveis
antes de tomar qualquer tipo de decisão, porém a falta deste senso crítico faz
com que decisões sejam tomadas por impulso sem medirem as consequências dos
atos.
Profissionais gananciosos e mal preparados para enfrentar
as adversidades do mercado, atropelam processos e consegue perder até mesmo simples
negociações por não visarem à ética, e sim o ganho, não percebendo que
invés de ganharem, perdem contatos, negócios e oportunidades de evoluírem em
suas áreas de atuação.
A falta de bom senso, infelizmente não fica apenas
restrita a uma determinada área e sim envolve diversos departamentos e setores
corporativos. Profissionais que se baseiam em mentiras, desrespeito e falta de
ética são os que mais deterioram a imagem de uma empresa e dos envolvidos.
Regras, normas ou processos são inteiramente ignorados
por indivíduos que acreditam que eles são mais importantes do que todo o
processo ético, atropelando quem estiver pela frente não importando com os
danos que podem causar.
Estas mesmas pessoas que cometem estes equívocos nas
empresas são os mesmos que não tem bom senso no dia a dia, seja em uma
confraternização, na rede social ou até mesmo em uma conversa descontraída
com os amigos. O comportamento antiético passa a ser normal e gafes terríveis são
cometidas persistentemente.
O bom senso tem que fazer parte não apenas da ética
corporativa, mas também da cultura do cidadão, a fim de que menos danos sejam
causados a outrem.
Artigo protegido pela Lei 9.610 de 19 de fevereiro de
1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
armazenar de qualquer modo o artigo aqui exposto, pois está registrado.
O trabalho Por onde anda o bom senso? de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma LicençaCreative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2015/09/por-onde-anda-o-bom-senso.html.
Comentários
Postar um comentário