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Qual o peso da responsabilidade?


Marisa Fonseca Diniz



Lembro-me como se fosse hoje, a ansiedade de ganhar a maioridade como se isso fosse à tão esperada carta de alforria e independência de poder fazer tudo sem ter ninguém para impor o sim e/ou o não... Que grande ilusão!

Quando jovens acreditamos que as imposições da sociedade em termos de termos que crescer rápido são apenas uma maneira de dizer que podemos fazer tudo sem ter que cumprir com regras ou depender da situação financeira dos pais. Enganamos-nos com tão pouco, e não percebemos que somos vítimas dos rótulos impostos pela sociedade, e não o sujeito principal de uma história que começa de modo torpe, e na maioria das vezes acaba mal.


A juventude desnorteada dos dias atuais não tem limites e muito menos juízo, uma vez que, tem ditado regras do que acreditam ser o melhor modelo a ser seguido. Experts de todos os gêneros espalham-se mundo afora dando conselhos que tem feito com que muitos sejam como robôs, sem capacidade para pensar, apenas obedecendo sem pestanejar o que acreditam ser certo.

Jovens se perdem pela vida a fora como se nada fosse proibido, a educação básica que deveria ter sido dada no seio familiar é a maior causa da falta de responsabilidade e imaturidade juvenil. Crescer sem base familiar ou diálogo já virou moda no mundo todo, aliás, poucos são aqueles que lutam por um planeta mais suportável.

Quando tudo parece perdido sempre aparece algum catedrático em qualquer coisa segmento, que do dia para noite acredita ter achado a solução mágica para o problema enfrentado pela juventude, mas que de nada serve como exemplo a ser seguido, ou seja, são apenas suposições para tentar corrigir o que ficou omisso lá trás na criação familiar.


Manipular virou moda há tempos, atualmente presenciamos nas organizações, nos grupos estudantis e nas comunidades mundo afora uma legião de pessoas que não sabem discernir e muito menos opinar sobre algum assunto. A sociedade é realmente engraçada, rotula o que acredita que é bom sem ter como base para isso algum estudo ou pesquisa.

O que esperamos deixar àqueles que deveriam ser considerados o futuro das nações, quando na verdade não passam de um grupo de pessoas irresponsáveis, onde tudo é permitido? Pessoas educadas com normas e regras de respeito estão virando raridade.

O reflexo da impunidade do passado transformou os adultos dos dias atuais em indivíduos totalmente irresponsáveis, sem noção do certo ou errado, uma geração de zumbis manipulados pela opinião alheia, onde o que lhes falta é limite e orientação. Poucos são aqueles jovens que adquiriram responsabilidade desde cedo, se dedicaram aos estudos e tiveram uma base familiar concreta baseada no diálogo, independente da condição social.

É proibido corrigir, porque as tais teorias sobre traumas surgem como ratos no deserto a todo momento, simplesmente para satisfazerem uma sociedade corrupta e consumista. Estamos transformando nossos jovens em pessoas frias, perturbadas e mimadas. E negando o direito deles de fazerem a diferença no mundo bloqueando desta maneira as oportunidades no campo pessoal e profissional.

Não podemos esquecer que o lamento de hoje é o reflexo da falta de compromisso do ontem, invés de correção há omissão. Todos deveriam ter consciência do mal que fazemos  nós mesmos e a todos aqueles  que buscam um lugar de destaque, e que no final só encontram portas fechadas. 

Corrigir é um ato de amor, porém muitos pais acreditam que a correção possa causar traumas ao longo dos anos na vida dos filhos tirando o direito deles fazerem um mundo melhor e abandonando-os a sorte da crueldade mundana que não pensa da mesma maneira.

Por outro lado, o que parece ser tão difícil para alguns educadores tem sido tarefa prazerosa para outros que permitem às crianças e jovens de hoje serem o diferencial do amanhã. Onde estamos errando? Qual é o peso da responsabilidade de cada um de nós? O que esperamos da geração futura?

A resposta para estas perguntas está dentro de cada um de nós, basta acreditarmos que amar vai muito mais além do que permitir tudo, ou seja, dar e criar limites nunca fez ninguém ficar traumatizado e sim permitiu que o adulto do amanhã pudesse ser o diferencial que o mundo tanto busca para sua evolução.

Artigo protegido pela Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou armazenar de qualquer modo o artigo aqui exposto, pois está registrado.

 Licença Creative Commons
O trabalho Qual o peso da responsabilidade? de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho disponível emhttp://marisadiniznetworking.blogspot.com/2016/06/qual-o-peso-da-responsabilidade.html.


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