Marisa Fonseca Diniz
O mercado de trabalho nas últimas décadas vem tendo uma
queda significativa na qualidade dos profissionais que desempenham suas funções
nas mais variadas áreas. O que mais chama a atenção é a exclusão de profissionais
capacitados das seleções de emprego, sendo o principal motivo: o preconceito.
O preconceito de raça, orientação sexual, religião e gerações
é fator decisório para as organizações empresariais excluírem profissionais qualificados dos processos seletivos. A discriminação é a antítese da
igualdade, ou seja, a negação do princípio de que todos são iguais perante a
lei.
A discriminação é uma realidade quase tão antiga quanto o
homem. Apesar de todos os esforços, o combate às suas diversas formas não é
tarefa fácil, demandando o engajamento e a participação ativa dos órgãos
internacionais, governos e sociedades envolvidas.
Os privilégios de classes sociais e a discriminação por
sexo, raça, cor, origem, crença religiosa, idade, entre outros, além de macular os
ideais mais elevados de qualquer sociedade põe em risco a própria sobrevivência
do Estado e das organizações pelos conflitos que gera.
O que deveria ser uma atitude abolida não somente pela
sociedade como também pelas empresas vem se tornando um problema cada vez maior. A
falta de oportunidades de trabalho para certos grupos de profissionais
excluídos das seleções tem sido o maior agravante para a falta de qualidade
profissional nas empresas.
Em determinados países, as empresas ainda possuem conceitos retrógrados no
que se diz respeito a profissionais capacitados. Pessoas que não se encaixam
nos padrões pré-estabelecidos são totalmente excluídas das oportunidades de
trabalho ficando por longos períodos de tempo desempregados.
Os principais padrões pré-estabelecidos para a admissão
de profissionais nas empresas são os seguintes:
Profissionais que não condizem com os pré-requisitos são
imediatamente excluídos após a avaliação, seja do currículo ou de uma primeira
entrevista. Por mais capacitado que seja o profissional nos quesitos
experiência e conhecimento, raramente possui a oportunidade de explanar seus
conhecimentos e concorrer livremente às vagas ofertadas.
Vamos entender melhor a seguir o que é uma organização
empresarial e o preconceito, e porque é tão importante que as empresas se
conscientizem da necessidade de admitirem profissionais pela qualificação e
experiência e não pelos pré-requisitos determinados.
Conceito de Organização Empresarial
A organização é uma combinação de esforços individuais
que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma
organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam
inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um
laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são exemplos de
organizações (Maximiano, 1992).
Como é a estrutura de uma organização?
A estrutura de uma organização pode ser:
O conjunto de elementos diretamente associados a uma
organização é:
O que significa preconceito?
Preconceito = juízo
pré-concebido
Tipos de Preconceitos:
Tipos de Preconceito
Social: é o
preconceito generalizado aos indivíduos de toda uma classe social, aos quais
são atribuídos traços de personalidade ou moral largamente homogêneos. Exemplo:
considerar as pessoas pobres como preguiçosas ou incapazes.
Racial: ou
racismo é a convicção sobre a superioridade de determinadas raças, com base em
diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços
do comportamento humano. Incluindo a xenofobia, homofobia e o bullying.
Sexual: é
discriminar alguém pela sua orientação sexual. Exemplo: a não aceitação de
homossexuais no mercado de trabalho, independentemente da capacitação e do
potencial profissional que possuam.
Linguístico: é
o julgamento depreciativo contra determinadas variedades linguísticas,
geralmente atinge as variedades associadas a grupos de menor prestígio social.
Gerações: é
a discriminação de faixas etárias ou gerações de profissionais diferentes no
mercado de trabalho, impedindo-os de exercerem uma determinada função por
motivos aleatórios à sua capacitação profissional.
Religioso:
descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em
reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas de outrem.
Erradicando o Preconceito
As organizações empresariais precisam olhar os candidatos
as vagas de emprego com outros olhos, deixando de lado o preconceito quanto à
raça, o sexo, a crença, as gerações, a classe social e começar enxergar a
pessoa como “profissional” com
características positivas, experiências e conhecimentos.
A partir do momento que as organizações começam a
enxergar os potenciais profissionais de uma pessoa, acabam ganhando qualidade
em seus processos e os profissionais competentes tendem a agregar valores tanto
à empresa quanto aos serviços exercidos.
As pessoas devem ser vistas e reconhecidas pela sua
capacidade e competência de exercer determinadas atividades, NUNCA como uma embalagem. Não devemos esquecer
que a embalagem nem sempre faz o produto ter qualidade.
Os profissionais também deveriam ser tratados da mesma
maneira, pois nem sempre aqueles que atendem aos requisitos pré-determinados
são suficientemente competentes para assumirem funções de responsabilidade. Que
as seleções sejam menos preconceituosas e mais justas.
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1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
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Preconceito nas Organizações de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://marisadiniznetworking.blogspot.com/2017/03/preconceito-nas-organizacoes.html.
Tão certo como dois e dois são quatro. E ninguém venha dizer que não. Parece que a aparência conta mais na hora de contratar, para depois demitir por questões comportamentais. Nosso país guarda a sete chaves, ainda, as chagas do preconceito.
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