Marisa Fonseca Diniz
Durante séculos as fundações profundas eram feitas com base em conhecimentos práticos, porém com o surgimento da física moderna no século XVIII tornou-se possível o estudo científico dos solos, o que proporcionou uma melhor adequação das estruturas necessárias a serem utilizadas nas construções.
No caso de fundações rasas, diretas e superficiais em que a profundidade é inferior a 3 metros, e as cargas são mais leves, como por exemplo, residências, o baldrame é o tipo de fundação mais utilizada. O baldrame é constituído por uma viga de alvenaria ou concreto simples ou armado construída diretamente no solo firme dentro de uma pequena vala. A sapata é outro tipo de fundação rasa que pode ser do tipo isolada, associada ou alavancada.
Há algumas designações para o termo fundação, segundo a NBR 6122/1996: a fundação profunda é aquela que transmite a carga proveniente da superestrutura ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste, ou seja, a parte da coluna entre o capitel e a base), ou pela combinação das duas. Resumidamente fundação é um conjunto de estacas que compõem a base de um edifício.
Nos dias
atuais há três tipos de fundações utilizadas, que são:
É
importante ressaltar que as fundações profundas são utilizadas quando os solos
superficiais não apresentam capacidade para sustentar elevadas cargas ou no
caso do solo ser sucinto à erosão, este processo também é utilizado quando há
possibilidades futuras de escavação próximas a construção.
Antes
mesmo de se decidir o tipo de estaqueamento a ser feito em uma obra civil é
necessário fazer um estudo técnico do solo, ou seja, uma sondagem geotécnica
que tem a finalidade de verificar os seguintes aspectos:
Mediante
estes dados, os técnicos irão determinar qual o tipo de estrutura de fundação a
ser utilizada na construção. Vários são os critérios classificatórios das
estacas empregadas como elementos de fundação nas construções, a saber:
Os três
estaqueamentos mais utilizados são:
Os danos causados a água são prejudiciais ao consumo doméstico e industrial, quando do bombeamento dos aquíferos profundos que provocam o movimento da filtragem dos aquíferos superiores aos inferiores por meio de mecanismos que alteram o regime natural do movimento dos fluídos. Este processo pode acontecer tanto na fase de execução das estacas, quanto na fase em que ela fia fincada ao solo e acaba se deteriorando ao curso do tempo.
Se pararmos para pensar na quantidade de estacas que os grandes centros urbanos possuem em suas áreas edificadas, começaremos realmente a nos preocupar com a qualidade dos aquíferos e do solo que se encontra debaixo dos nossos pés no qual se concentra um alto teor de contaminantes prejudiciais a nossa saúde. É de se pensar um método mais eficiente e menos prejudicial a todos os seres vivos, e que lutam por um meio ambiente mais adequado às próximas gerações.
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O trabalho Estaqueamento e seus riscos de Marisa Fonseca Dinizestá licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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