Marisa Fonseca Diniz
Durante os 27 anos de luta armada, a Angola gerou uma crise humanitária ao forçar o deslocamento de mais de 4,28 milhões de pessoas dentro do seu território, quase a totalidade dos habitantes do país não possuíam acesso a assistência médica básica, 60% não possuíam acesso a água potável e 30% das crianças morriam antes dos cinco anos de idade, além da expectativa de vida não passar dos 40 anos de idade. A Guerra Civil de Angola deixou um rastro destruição no país com mais de 2 milhões de mortos, 1,7 milhões de refugiados e 80 mil pessoas mutiladas pelas diversas minas espalhadas pelo país.
O território angolano possui diversas indústrias de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes, algodão, tabaco, cerveja, cimento, madeira e açúcar. Outras indústrias que merecem destaque são as de fertilizantes, pneus, celulose, vidro, aço e refinamento de petróleo. Há cinco usinas hidroelétricas em potencial no país que além de fornecer energia aos consumidores ainda dispões de um potencial elevado.
Um dos maiores desafios para a Angola é reduzir os altos índices de pobreza no país, porém não é o único entrave, a reconstrução da infraestrutura é outra meta a ser cumprida pelo governo. O sistema ferroviário do país é composto de cinco linhas que ligam o litoral ao interior do país, sendo a estrada ferro de Benguela a mais importante delas já que faz conexão com as linhas de Catanga na fronteira com o Zaire.
Há um plano de obras sendo executado pelo governo angolano, onde há previsão reconstruir mais de 2,2 mil quilômetros de estradas, além de construção de novos portos e aeroportos. Há grandes investimentos também na ampliação e construção de novas barragens hidroelétricas, a fim de aumentar a potência instalada no país. A construção de cisternas em mais de 132 municípios e o fornecimento de água potável é outro projeto que deve atender mais de 65% da população.
A energia renovável é outro ponto crucial de investimentos do governo angolano até 2025 há previsão de atingir 39 TWh de energia superando os 9GW de potência instalada no país garantindo a segurança do abastecimento para isso há projetos e investimentos estrangeiros em energia eólica e solar no país.
Artigo
protegido pela Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou armazenar de qualquer modo o artigo
aqui exposto, pois está registrado.
O trabalho Reestruturando a Angola de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://marisadiniznetworking.blogspot.com/2018/02/reestruturando-angola.html.
Comentários
Postar um comentário