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Quando a arrogância é superior a capacidade profissional


Marisa Fonseca Diniz


O ano de 2020 foi atípico aos demais, no entanto, alguns setores da economia se destacaram mais que outros, uma vez que muitos profissionais acabaram sendo recrutados em nível de emergência para suprir a demanda. O lockdown determinado por estados e municípios devido à pandemia do coronavírus proporcionou uma quebradeira geral em determinados setores da economia, onde empresas foram obrigadas a fecharem as portas e demitirem os funcionários formando um caos.

O setor da saúde por sua vez, cresceu tanto em demanda como em contratação de funcionários extras para suprir a necessidade de ter pessoal capacitado para auxiliarem no tratamento de pacientes com covid-19. A doença até então desconhecida da maioria da população mundial entrou como um tufão na vida das pessoas disseminando vidas e estressando profissionais da área médica sobrecarregando a todos do setor.

Em contrapartida, pacientes com outras comorbidades foram deixadas de lado, a própria sorte fazendo com que muitas morressem de infarto e AVC dentro casa, simplesmente por não terem ambulâncias à disposição ou não acharem hospitais disponíveis para tratamento, além do medo dos pacientes pegarem a covid-19 em hospitais sobrecarregados, principalmente públicos.


Cirurgias emergenciais foram efetuadas neste período de pandemia, sem suporte hospitalar adequado e muito menos com profissionais dispostos a atender os pacientes de maneira humanizada ocasionando mais estresse aos pacientes já debilitados.

Profissionais da área da saúde que muitas vezes foram aplaudidos de pé pela população, muitas vezes podem estar do lado contrário, principalmente quando vestem uniformes de instituições renomadas. Instituições de saúde específicas que investem em tratamentos especializados e pesquisas para serem consolidadas no mercado, muitas vezes podem estar sendo vítimas da própria incompetência em recrutar profissionais capacitados e equilibrados para atuarem em áreas que demandam empatia, paciência e humanidade.

Não raramente encontramos pelos corredores dos hospitais e clínicas médicas especializadas profissionais que acreditam estar acima de tudo, inclusive de seus gestores, e não se importam em agir de maneira inadequada e antiética no decorrer do seu dia de trabalho causando diversos problemas aos pacientes e até mesmo colegas de trabalho.

O problema pode ficar pior quando estes mesmos profissionais se encontram em autarquias públicas ou em unidades básicas de saúde, que tem como objetivo principal atender pacientes das classes sociais mais baixas. O medo de denunciar profissionais da área pode ser o principal agravante para que funcionários se aproveitem da situação e cometam atitudes equivocadas prejudicando o tratamento dos pacientes.

A ignorância da falta de conhecimento é vista como ponto chave para funcionários, seja diretos ou indiretos, cometerem abusos principalmente em épocas de pandemia e dias que precedem datas comemorativas. Atitudes equivocadas podem por em risco a sanidade de pacientes já debilitados por determinadas doenças, o que pode colocar a perder a continuidade do tratamento.


Deve haver uma perspicácia por parte dos gestores em gerenciar de perto os profissionais que compõem a equipe, não importa se são de instituições públicas ou privadas, questionando-os sobre as dificuldades encontradas por eles na área onde atuam, bem como de maneira sutil conversar com os pacientes longe dos profissionais da área para saber se de fato tem recebido tratamento humanizado, na indisposição de fazer este questionamento direto, o mesmo pode ser feito com os familiares, pois nem sempre o que um profissional relata em um relatório de fato é real.

Outra questão que deve ser abordada é a inabilidade que certos profissionais da área da saúde têm em se comportar de maneira adequada nos hospitais no horário noturno, pois não há nada mais constrangedor e incomodo ter um profissional que espanca equipamentos ou entra no quarto gritando, pois deve se ter ciência que as pessoas que ali se encontram acamadas muitas vezes já estão fragilizadas com o tratamento, e o que elas menos querem é se estressar com situações que não lhes cabem resolver.

O bom senso e a humildade é uma das maiores virtudes que um profissional possa ter, pois não há nada pior do que uma pessoa levar para dentro do seu trabalho os problemas particulares e descarregá-los nos pacientes ou demais colega. Os profissionais precisam entender que todos estão sujeitos a terem problemas, mas cabe a cada um reconhecer que precisam buscar ajuda psicológica, pois a arrogância e estupidez não faz ninguém melhor.

Se todos os profissionais reconhecerem suas fragilidades e entenderem que não é fraqueza nenhuma reconhecer os próprios erros, com toda certeza podemos ter equipes mais produtivas e tratamentos mais humanizados. A humanização nos tratamentos médicos faz toda a diferença na vida daqueles que estão sofrendo, pessoas frias e sem empatia deveriam buscar trabalhar em áreas que não exigem nenhum contato físico.

Que a gestão de processos seja muito mais ampliada para combater a falta de noção que muitos profissionais possuem quando trabalham com pessoas, sem ter a consciência em si de que não estão trabalhando com pessoas mortas e nem com máquinas, onde basta apertar um botão para que elas comecem a trabalhar. As faculdades da área da saúde deveriam ter matérias específicas de humanização e empatia, a fim de que os alunos tivessem a opção de mudar de área, quando não se sentirem aptos para desenvolver estas qualidades no decorrer da vida.

 As autarquias e empresas da área da saúde deveriam cumprir os mesmos objetivos das organizações privadas dos outros setores, onde há praticamente uma obrigatoriedade de implantar processos mais adequados para cada área, a fim de proporcionar melhor qualidade na execução das tarefas. Bem como os gestores deveriam estar mais próximos de sua equipe evitando dessa maneira o desgaste tanto dos funcionários como dos clientes/pacientes.


Uma minoria de profissionais inaptos pode contaminar muitas vezes uma equipe toda, o que é inadmissível quando pensamos em vidas, o que pode muitas vezes proporcionar um péssimo conceito de qualidade em quem já acha que tem o nome consolidado no mercado. A velha prática de que a melhor propaganda é do boca a boca, nunca foi tão real como nos últimos tempos e tem se agravado de forma negativa durante a pandemia, quando todos de alguma maneira precisam tanto de um tratamento de saúde.

Bons profissionais são aqueles que se colocam no lugar do outro e os tratam da mesma maneira que gostariam de serem tratados, pois hoje pode ter uma pessoa debilitada em um leito, mas amanhã poderá ser justamente aquele no qual o tratou mal ontem. Bom senso e humildade nunca fizeram mal a ninguém, pelo contrário só fazem bem. Pensem sobre isso!


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#comportamento #behavior #compotamiento

Artigo protegido pela Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou armazenar de qualquer modo o artigo aqui exposto, pois está registrado.

 

Licença Creative Commons
O trabalho Quando a arrogância é superior a capacidade profissional de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://marisadiniznetworking.blogspot.com/2021/01/quando-arrogancia-e-superior-capacidade.html.

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