Marisa Fonseca Diniz
Quem não se casa é visto como um solteirão, que aos olhos
da sociedade dever ter algum problema social. Os casais que preferem não ter
filho são taxados como pessoas que detestam crianças, se o individuo não é
hetero tem algum problema psicológico ou espiritual. Se a pessoa é negra é
porque os pais não souberam escolher o parceiro perfeito para ter filhos, de
preferência brancos. Se a pessoa é pobre é taxada de vagabunda, porque não
gosta de trabalhar e consequentemente não ganha dinheiro. Para tudo há um
problema, nada pode ser considerada uma opção ou preferência, pois pessoas que
pensam diferente para a sociedade hipócrita que vivemos nos dias atuais é
considerado alguém fora dos padrões pré-determinados antes mesmo de nascer.
Ora, não podemos fazer acepção de pessoas somente porque
algumas delas preferem pensar diferente da maioria. A vida é muito curta para
seguir padrões. Se a pessoa escolhe ser solteira porque gosta de sua própria
companhia e não está preparada psicologicamente para ter um parceiro, não
deveria ser vista pela sociedade como algo degradante e sim como uma escolha,
pois todos tem livre arbítrio para fazer o que acham melhor para si.
O artigo de hoje não é apenas uma reflexão, mas também é
sobre um assunto recorrente nos dias atuais: a depressão. A depressão tem
diversos conceitos, mas com o mesmo significado, a saber:
Transtorno Depressivo mais comumente conhecido
como Depressão
é um transtorno de humor, que causa sintomas graves que afetam diretamente o
modo como às pessoas se sentem, pensam ou lidam com as atividades do dia-a-dia.
Tecnicamente falando, a depressão é uma doença psiquiátrica recorrente que
produz alterações de humor, que podem ser caracterizadas pela tristeza profunda
e desesperança.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde - OMS, a
depressão acomete cerca de 350 milhões de pessoas em todo mundo, apesar de ser
uma doença comum exige tratamento, a fim de que seus portadores possam ter uma
vida mais estável. Infelizmente, o preconceito é o maior entrave para que as
pessoas procurem tratamento médico. Em média por ano 20 pessoas apresentam a
doença, além de 15% do total de pessoas no mundo podem em algum momento da vida
ter depressão.
Esta doença atinge mais adultos, mulheres, mas também
pode alcançar pessoas de qualquer faixa etária, incluindo as crianças e os
idosos. É muito importante identificar os sintomas e buscar ajuda médica, seja
a própria pessoa ou até mesmo um familiar. O que não pode é deixar a pessoa que
tem estes sintomas ficar sem um tratamento adequado, pois as consequências
podem se agravar com o tempo.
É sabido que alguns tipos de depressão tem origem
genética, no entanto o estresse do dia-a-dia pode contribuir e muito com o
aparecimento da doença, ou seja, a junção dos fatores genéticos, biológicos,
ambientais e psicológicos podem ser as principais causas para a doença se
manifestar em uma pessoa. Os principais sintomas da depressão são os seguintes:
Existem alguns tipos de depressão, que devem ser conhecidos de todos, a saber:
Distimia ou Transtorno Depressivo Persistente: é
uma depressão crônica, que dura pelo menos 2 anos e tem como sintoma principal mau
humor constante, baixa autoestima, elevado senso de autocrítica, sendo pessoas
difíceis de se conviver.
Depressão Pós-parto: esta depressão acomete
mulheres que tiveram bebês, os sintomas da depressão e ansiedade são
relativamente leves e em geral desaparecem algumas semanas após o parto. Há uma
profunda tristeza da mãe em relação ao filho (a), o que acaba comprometendo o
vínculo entre ambos.
Depressão Psicótica: este tipo de depressão é
acompanhado por delírios e alucinações.
Transtorno
Bipolar: a depressão é um
sintoma comum no Transtorno Bipolar, uma vez que o paciente tem constante
alteração de humor, ou seja, uma hora a pessoa está eufórica e na outra está em
tristeza profunda.
Transtorno Afetivo Sazonal:
este
tipo de depressão como o nome mesmo diz é sazonal, nos meses de inverno, quando
há menos luz solar, a depressão se inicia e com a chegada do verão desaparece.
Depressão Atípica: é um subtipo da distimia,
onde o paciente tem sintomas mascarados, ou seja, tem aumento de apetite, ganho
de peso, sonolência, fadiga, fraqueza e o humor é reativo ao ambiente em que
vive e pode apresentar uma melhora temporária de humor.
Vale a pena realçar aqui neste artigo, a questão da
depressão no ambiente de trabalho, que acarreta afastamento de funcionários por
meses e às vezes até anos. Nem todos os indivíduos são capazes de suportar
altas cargas de trabalho, pressão diária da chefia ou cobrança excessiva de
metas, por exemplo, o que faz com que estas situações sejam o gatilho perfeito
para que uma pessoa fique suscetível à doença.
Os principais sintomas da depressão no ambiente do
trabalho são os seguintes:
O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico, em
geral um psiquiatra ou psicólogo dependendo do caso (grave ou não) podendo ser
feito com medicamentos antidepressivos e psicoterapia. A psicoterapia pode ser
feita individualmente ou em grupo, sendo a mais recomendada a Terapia Cognitiva
Comportamental que é focada mais na situação presente do paciente e na
resolução de problemas.
Livre-se das amarras da vida buscando tratamento
antidepressivo e não foque nos padrões que a sociedade impõe, pois tudo pode ficar
muito mais leve quando a doença é sanada.
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1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
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O trabalho Livre-se das amarras da vida de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://marisadiniznetworking.blogspot.com/2021/03/livre-se-das-amarras-da-vida.html.
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